quinta-feira, 19 de janeiro de 2017
segunda-feira, 19 de dezembro de 2016
19. O
Guru e o Discípulo
Não somos
capazes de facilmente superar os velhos prejuízos psicológicos relativos à externalidade
das coisas. Para dominar esses males, há necessidade do indivíduo purificar sua
mente. Muitos métodos foram sugeridos pelos antigos sábios como serviço humilde
ao guru, conduta humilde, e a obtenção de clareza que liberta dos desejos que
surgem da falsa percepção do mundo.
Mesmo nos
dias de hoje, na maioria das cidades modernas, a necessidade de um guru não
pode ser evitada, porque ninguém é tão sábio capaz de conhecer tudo sobre o
futuro. Todos os problemas são novos quando surgem. Então, necessitados de um superior
para nos guiar.
O professor
não deve ser alguém em desacordo com seu conhecimento. Ele deve ser “ananya”,
ou “não-outro.” Um “ananya” é o indivíduo que não é diferente daquilo que ele
ensina. Nos dias atuais, temos homens instruídos, professores, que acreditamos
ser repositores de conhecimento, mas suas vidas diferem daquilo que eles
pregam. O conhecimento torna-se significativo quando ele é vivenciado, e não
meramente ensinado, ou ouvido ou lido. Você se aproxima de um guru que esteja
estabelecido no conhecimento que ele adquiriu, em quem o conhecimento tornou-se
uma parte de seu ser e vida e prática, e quem também a graça do poder de
expressão. Este conhecimento não pode ser obtido por mero estudo por si
próprio. Ele requer a graça de um Mestre.
O
conhecimento acadêmico é também conhecimento, mas não traz convicção e não é
capaz de transformar seu coração. O que você obtém através do guru é pleno de
força viva e energia e vitalidade e poder que o guru transmite para o discípulo
através da iniciação, através da qual o guru entra na mente do discípulo. A
relação entre o guru e o discípulo não se rompe com o corpo. Mesmo se o guru
morre fisicamente, ou o discípulo passe desse mundo físico, a relação entre
eles não cessa, porque a relação guru-discípulo não é meramente física ou
social. A influência sobre o estudante pelo professor na escola é certamente
importante. A instrução que o estudante recebe do professor verbalmente é uma
coisa, entretanto o benefício da instrução pode ser relativamente limitada. Por
outro lado, quando o guru fala ao discípulo, o espírito do guru exerce um
impacto imediato na mente do discípulo. Isto é porque o guru não é um ser
humano comum, mas alguém que passou pelos vários estágios do treinamento do Yoga
e adquiriu a habilidade para ensinar.
O estudante
se entrega ao professor total e exclusivamente, e o professor toma a
responsabilidade de tomar conta do bem-estar do espírito do estudante, e não
meramente seu intelecto. O guru é de um status transcendente, que está acima do
discípulo, mas não fora do discípulo. O guru não é uma pessoa que fica aparte
do discípulo, e então o discípulo não deveria pensar que a instrução vinda do
guru é uma instrução vinda de uma fonte externa. O guru é um “todo” e não
apenas uma pessoa na frente do discípulo. Para o discípulo, o guru não é um
indivíduo entre outros indivíduos, não é uma pessoa entre muitas outras
pessoas. O preceptor é uma deidade diante do discípulo; ele é o próximo estágio
de elevação da deidade. É uma totalidade que é possível – a única integridade
possível acima do nível do indivíduo. Cada discípulo é único em si mesmo, e o
guru tem que prestar atenção à condição particular da mente do discípulo.
A mente é
confusa. A única saída é pedir por ajuda. Assim como uma pessoa capaz de
enxergar pode auxiliar outra com problema de visão, e é capaz de indicar o
caminho do destino a ser alcançado, da mesma forma é o espírito de olhos
vendados nesta vida selvagem toma a guia de uma pessoa de visão. A iniciação de
um discípulo por um guru não é um mero enunciado de palavras. É a comunicação
de uma energia, uma força. É a vontade do guru, como assim fosse, entrando na
vontade do discípulo, onde ambos, tem que estar no mesmo nível.
Quando sua
busca é sincera, mesmo que você não compreenda as coisas totalmente, você será
cuidado pelas forças do mundo, e um guru ou um professor estará à sua frente.
(extraído de sivanandaonline.org - tradução livre)
domingo, 27 de novembro de 2016
terça-feira, 15 de novembro de 2016
terça-feira, 8 de novembro de 2016
domingo, 6 de novembro de 2016
O Bhagavad
Gita
O Gita é uma
mensagem de eternidade, e tem um significado atemporal para cada um de nós. As
vicissitudes da vida não possuem qualquer impacto sobre esta mensagem, porque
ela surge de uma fonte que transcende as transições da vida. É uma mensagem que
incorpora o conhecimento do que é em última análise real. A união do indivíduo
com o Absoluto é a meta final desta história que é o Gita. É uma história do
movimento de toda criação ao Criador, o Pai de todos os seres que aqui se encontram
neste fenômeno generalizado.
Quanto mais
fundo você vai ao interior de si mesmo, mais profundo será o significado que você
descobrirá no Gita. Se sua personalidade exterior ler o Gita, você verá o
aspecto exterior de sua mensagem. Todo o ensinamento do Gita está centrado em
equilíbrio, equanimidade, e colocando em ordem tudo que não está em ordem.
Todas as leis de vários tipos significam uma coisa, a saber, a necessidade de
se manter a harmonia, e ela deve ser mantida em tudo, em cada caminhada na
vida, e em qualquer momento da vida. O contexto no qual Arjuna, o herói deste
épico, o símbolo da humanidade em geral, encontra-se em uma situação
completamente humana. É a sua situação, a minha situação e a de todo mundo.
A relutância
de Arjuna em pegar em armas é a relutância do buscador espiritual em lidar com
a realidade em sua essencialidade. O desalento, ou o clima de melancolia em que
o homem é representado, e no qual se encontra Arjuna, é descrito como uma
condição espiritual. É por isto que mesmo o chamado abatimento é considerado
como uma parte do Yoga.
quinta-feira, 13 de outubro de 2016
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