segunda-feira, 20 de março de 2017
sexta-feira, 17 de março de 2017
23. A Visão Védica da Vida
Saiba
você ou não, é um fato inalterável que você vive na presença de Deus em cada
momento de sua vida. A visão védica do homem torna-o destemido. Ela faz com que
ele reconheça sua natureza eterna e imortal, sua imperecível natureza divina –
além de nome e forma, que transcende tempo e espaço, sem nascimento ou morte,
supremo, não nascido, eterno, imperecível, imutável. Com base nesta visão,
convencido desta verdade, o verdadeiro seguidor do antigo modo de viver védico
é destemido. Tal pessoa sorri perante a morte; ele sabe que a morte não significa
nada para ele. Isto pode ser aplicado a esta gaiola física de carne e ossos na
qual ele está aprisionado por pouco tempo, mas ele está sempre pronto. Mas,
contudo, ele está sempre preparado para utilizar a vida em sua plenitude e para
o bem suprem de todos. “Somos apenas peregrinos de passagem por aqui. Portanto,
façamos o máximo bem à criação de Deus na qual vivemos e pela qual passamos.”
Portanto,
existe apenas uma grande intenção, um grande objetivo, um grande pensamento: “deixe-me
ser um centro de máximo benefício e benção para todos os seres vivos ao meu
redor.” Este é o verdadeiro ideal védico da vida – viver e estar neste mundo,
não para si mesmo, não para algo mais, mas para o mais elevado bem de todos e também
para suprema benção de si mesmo. O seguidor da visão védica aceita a vida como
um grande presente. Ele reconhece seu valor, e ele tenta utilizá-la para o
melhor desempenho e para o máximo bem de si e de todos. Portanto, ele combina o
mais robusto e prático pragmatismo com o mais alto idealismo transcendental –
destemor absoluto, consciente do grande valor desta breve permanência na terra.
“Sei que tudo é transitório; Sei que todas as minhas conexões são efêmeras.
Contudo, enquanto elas estiverem lá elas possuem significado. Devo pegar a vida
com ambas as mãos e dizer “sim” para a vida com toda a alegria em meu coração,
e devo colocar toda faculdade que recebi de Deus da melhor forma e melhor uso,
tendo apenas um interesse – a felicidade de todos, para o bem de todos, a
serviço do Deus no homem.”
segunda-feira, 13 de março de 2017
Até o Último Suspiro
Entrar
na vida espiritual é uma rara bem-aventurança; é um grande bem. Levá-la a sério
e engajar na sadhana espiritual ativa
é uma segunda bem-aventurança e um bem ainda maior. Mas perseverar na vida
espiritual, progredindo incessantemente, é o maior bem, é o coroar da
bem-aventurança. O indivíduo decide: “Venha o que vier, até que o último
suspiro deste corpo, eu não me desviarei do caminho da sadhana. Até o último suspiro deste corpo, devo perseverar. Devo me
dedicar à vida divina. Serei um yogi; estarei sempre determinado a alcançar o Objetivo.
Nunca devo afrouxar meus esforços, menos ainda, cessar meu esforço. Até o meu último
suspiro devo ser um sadhaka. Venha o
que vier serei um yogi até o fim. Qualquer
coisa pode ser incerta, mas isso é certo. Tudo o mais pode ser indeciso, mas isso
está decidido de uma vez por todas. Estou determinado que a vida espiritual
será a minha vida, o objetivo espiritual será a minha meta. E Deus será a
realidade central na minha vida. Vou viver minha vida para Deus e Sua
realização.
Assim,
se assumirmos com prazer essa atitude de “fazer ou morrer” diante da vida depois
de uma séria deliberação e com firme convicção, isto seria na verdade a
coroação da vida de sadhana do
indivíduo. Este é o maior bem; é a suprema bem-aventurança. E é para tal tipo
de sadhaka que o sucesso chega, o sucesso
é certo, a realização espera. Aqui não existe dúvida ou imprecisão. O Ser
Cósmico se entrega àquele que se doa totalmente ao Ser Cósmico, aquele que está
preparado para viver ou morrer por isso. Isto é certo. Aquele que deixou tudo e
só pede isso, que se entrega totalmente a tal. Essa é a verdade.
segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017
terça-feira, 14 de fevereiro de 2017
sábado, 11 de fevereiro de 2017
segunda-feira, 6 de fevereiro de 2017
21. Resposta ao Eterno Chamado
A única Grande Realidade, o ser Cósmico, a fonte e a origem de incontáveis universos, sempre permanece única, existência não dual, a Realidade transcendental, presente e oculta como o mais sutil do sutil, além dos sentidos, e algo que a mente e o intelecto não são capazes de compreender. Aquela Realidade é o centro de seu ser. Aquela Realidade é a sua identidade essencial eterna. Possa aquela Realidade brilhar em sua consciência como o verdadeiro “Eu sou” além do pequeno “eu” que domina nossas vidas, que nos puxa, nos empurra, que torce e vira e nos impulsiona para cima e para baixo. Este pequeno “eu”, não é você.
Palavras
que foram proclamadas pelos sábios iluminados e liberados e videntes da era
Védica devem sempre permear sua consciência, habitar em seu coração, direcionar
seu intelecto e guiá-lo por toda sua vida – “Levante-se, desperte e atinja a
iluminação.” Todo o processo de seu ser e fazer, pensar e agir, deve ser este
processo de levantar-se, permanecer desperto e alerta e alcançar a iluminação.
Então sozinhos estamos vivendo. Isto é vida – uma constante ascensão em direção
à consciência Divina, consciência da Realidade, experiência do Self,
Conhecimento. Não existe algo mais elevado do que isso, maior do que isso. É a
realização culminante do pináculo de toda a existência. Queira chamar isto Brahma-Jnana,
consciência de Cristo, Satori, o Supremo Tao ou nirvana... isto é a única,
supremo, experiência não dual que o liberta para sempre da escravidão de si
mesmo. Ela o liberta para sempre deste sonho de estar atado a um conglomerado
não existente de nomes e formas – este universo aparente.
A
rainha Madalasa balançava o berço de seu pequeno príncipe e cantava esta
cantiga, “Você é todo pureza, iluminado e imaculado. Desista deste sono de
ilusão que faz você dar valor ao que não tem valor. Isto é um grande engano.
Isto é a escuridão do sono da não consciência.” Este é o chamado a qual você
deve responder. Este é o chamado dos Upanishads. Desista deste sono profundo de
ilusão. Você é completo. Você sempre brilha como o centro da radiante e
dinâmica consciência Divina no interior de sua aparente personalidade física –
mental. Desperte para a sua Divindade, afirme sua Divindade, reivindique sua
Divindade, e torne a vida uma expressão de sua Divindade. Este é o único ensinamento.
Esta é a única mensagem. Desperte; responda ao chamado. Torne sua vida uma
expressão dinâmica do que você é desistindo de pensar sobre si mesmo como sendo
o que não é. Esta é a única necessidade aqui e agora, no meio deste vale de
lágrimas, você está enraizado na força de sua verdadeira natureza.
A
Realidade nunca muda. Você é o que é. Seja o que é e faça de sua vida uma
expressão do que você é, isto é Divindade. Então a vida torna-se vida
verdadeira, vida autêntica. Que a resposta a este chamado possa ser sua grande
tarefa. Possa isto ser seu alegre dever. Floresça como uma flor de lótus no
meio do lodo deste samsara. Torne-se arraigado na Realidade e celebre sua vida
como uma gloriosa vitória e realização!
(Extraído de
sivanandaonline.org - tradução livre)
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