O
Criador que brilha entre todos os seres criados, que está mais próximo deles
do que qualquer outra coisa, que é mais seu próprio do que qualquer outra
coisa, aquele Ser que não é conhecido por eles. Estando mais próximos de nós,
não O sentimos. Presente em todo lugar, não O percebemos. A esta falta de
percepção foi dado o termo metafísico “maya”.
Devido a maya o sempre presente não é
reconhecido, o sempre próximo é tido como estando distante, podendo ser
alcançado somente com dificuldade. Assim buscamos por aquele Ser que é jamais
encontrado. O que existe é Uno sem um segundo. Uno e somente Uno e não dual é
aquela grande Realidade, eternamente existente, sempre presente, infinita. Não
existe segundo, existe Um e somente Um. O que quer que exista, pertence à Uno sem
um segundo. O termo “maya” é apenas
um termo para descrever o extado extraordinário e inexplicável estado do Ser
Universal, o qual sendo Uno e não dual está presente em todo lugar, ainda que
não reconhecido ou compreendido. Não é nada, mas um algo misterioso que emana
do Próprio Brahman. É a Sua radiância
que aparentemente oculta aquela radiante, e refulgente Realidade.
A relevância e a importância desta grande descoberta dos videntes
Upanishadicos é que ela diz à alma que busca que não existe nenhum problema
fora de si mesmo. Não existe obstáculo que destrua seu caminho além de si mesmo.
Não existe dicotomia como Deus e Satanás. Você não deve contender com nada que
está fora de si mesmo, porque nada existe no exterior trabalhando contra sua
libertação. O que quer que seja, está no seu interior. Todos os problemas
emanam de dentro de você. Todas as soluções devem ser buscadas e encontradas e
aplicadas dentro de você. Tudo está lá. Apenas perceba – abra seus olhos e
perceba. Isto torna o indivíduo destemido. Você não tem que temer um diabo, ou
alguma força malévola que parece ser tão poderosa da qual ninguém é capaz de
escapar.
Então,
alguém disse, “Acorde deste sonho. Você nunca esteve preso. Nunca foste imperfeito.”
Que tremenda descoberta! Que afirmação ousada e corajosa! Como pode existir
algo senão cem por cento de pura Divindade naquilo que sou! Sou sempre livre,
sempre pleno, e sempre puro. Isto é para ser totalmente compreendido e
absorvido. Por isso que Gurudev dizia, “Venha, venha! Libertação e bem-aventurança
é seu direito de nascença. Por que você prolonga sua escravidão
desnecessariamente? Reivindique seu direito agora, não num futuro distante.”
Gurudev afirmava este maravilhoso fato que de nada existe capaz de impedir
aquilo que já é seu. Não há poder na
terra, nenhum poder no universo que possa vir no caminho da afirmação de sua
realidade. É seu! Só você deve se livrar de sua letargia, de sua negatividade,
de sua indiferença e acordar, e ser o que você já é.
Por
isso, mantenha sua mente em Brahman.
Então maya irá desaparecer. No momento que você distancia sua mente de Brahman você está em maya com toda esta
ilusão. Todas essas misérias surgem porque não buscamos conhecer a Realidade
sempre presente através da introspecção diária. Estamos tão ocupados com o
mundo ao nosso redor que não temos tempo para o mundo interior. Quase toda
transformação, quase todo começo de uma nova vida inicia-se com a busca
interior e introspecção. Se isto não é feito, nunca chegaremos a lugar nenhum.
Toda sadhana é no final das contas
colocar um fim aos desnecessários pensamentos negativos, descartando-os como um
nada vazio.
A chamada final foi dada como: “Levante-se,
desperte e atinja a iluminação.” Faça agora! Refugie-se no Supremo. “Quem se
refugia apenas em Mim, somente eles atravessam essa ilusão.” Que a Suprema
Realidade derrame graça e Se revele, não num futuro distante, mas agora, aqui
neste mesmo momento! Que você obtenha sucesso nesta autodescoberta!
(Extraído de sivanandaonline.org. - tradução livre)
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