|
terça-feira, 8 de janeiro de 2013
quarta-feira, 5 de dezembro de 2012
YOGA, SEU SIGNIFICADO E IMPORTÂNCIA
PARA A SAÚDE
Swami Chidananda*
A relização
em Deus é um património e um direito para a humanidade de todas as eras. Os
santos e sábios do passado descobriram que o objetivo último da vida humana
é atingir a Perfeição ou, em outras palavras,
a realização em Deus. E essa descoberta feita por eles através de suas próprias
buscas e lutas, posteriormente foi sistematizada num método científico de
realização. O que eles atingiram através da luta espontânea, experiência e
erro, por assim dizer, e evoluindo de uma verdade menor para uma verdade maior
(isso, em última análise para o nosso benefício), eles sistematizaram um método
científico de autodescoberta e realização – um sistema, um método, uma série de
práticas, que no leva da ignorância para a luz do conhecimento, da morte e da
mortalidade para a imortalidade e vida eterna, da tristeza e do sofrimento para
um estado de felicidade absoluta, satisfação eterna, destemor e liberdade - (Paramananda
Prapti-Sarvaduhkha Nivritti). Este sistema científico por eles desenvolvido
e transmitido para a posteridade é o que conhecemos por Yoga.
Esses grandes seres, esses intrépidos pesquisadores do reino interior
do ser espiritual do homem, essas
grandes almas foram capazes de ultrapassar
a morte, a dor e o sofrimento. Ao atingirem um estado de
realização e iluminação, eles enviaram um chamado
ao homem. Eles disseram: “Ei vocês mortais, labutando e chorando
neste vale de lágrimas, neste
mundo de nomes e formas fugazes, neste mundo de transitoriedade, mutável,
de objetos perecíveis, não chorem, não tenham medo! Nós encontramos uma solução para o problema
das dores e do medo da morte pelo homem. Fomos além
da tristeza e experimentamos o brilho do
sol eterno, alcançamos aquilo que torna o homem livre e liberado, que
torna o homem destemido, que o torna preenchido com felicidade e paz. Nós
mostraremos a vocês o caminho, diremos a vocês o caminho. O que conseguimos, vocês também podem
conseguir.” Então, eles enviaram àhumanidade – não a nenhuma nação ou raça em especial,
não a um grupo ou religião específica. Eles disseram: “Oh homem, Oh mortal,
venha, venha, ouça! Nós proclamamos de forma sucinta e breve o seu
maior bem-estar. Estivemos cara a cara
com o Ser radiante, além da morte, além da ignorância,
atingimos Aquele que se tornou imortal. Brahman,
a Realidade Suprema, o Deus Supremo de
todas as religiões, Ele, que é adorado como
Alá, como Jeová,
como o Pai Todo-Poderoso no Céu, como Ahuramazda, como
Omkara, Ele, o Ser, O Sem Nome, -
estivemos cara a cara com Ele. Você
também pode alcançá-Lo. Venha, venha! " Assim, esses grandes seres, grandes sábios iluminados convocam o homem.
terça-feira, 23 de outubro de 2012
Mente,
Liberdade e Aprisionamento
Swami Chidananda
Embora a psicologia moderna sustente a
existência de uma relação positiva entre a mente e o espírito, ela nada diz
sobre o espírito. Por não se tocar no ser espiritual, não existe nenhum conceito
sobre ele. Eles dizem que o corpo e o ser psíquico estão intimamente ligados;
mas isso de forma alguma afeta o ponto de vista Vedântico. Embora se saiba que
eles estão indissociavelmente ligados, o que isso tem a ver com o Espirito?
Porque Ele é diferente do ser psíquico e do ser astral. O espírito é distinto
de todas as coisas que compõem esta personalidade humana. É diferente de tudo,
exceto de sua Svarupa (natureza essencial), isto é, a natureza
espiritual. Sua Svarupa é
espírito puro, ser puro, sem começo e fim, que não se altera, que é
Consciência pura. Então, no final das contas, você deve conhecê-la como pura
Consciência, Suddha Chaitanya, Chinmaya e Satchidananda.
Ora, pode haver uma diferenciação entre o
Self e o corpo sem se perder a individualidade! Não é tão simples assim. Não é a diferenciação entre o Self e
o corpo como normalmente entendemos. É a diferenciação entre o Self e tudo
aquilo que é não-Self, não apenas o corpo, mas tudo o que é não-Self. Se você
tiver força de austeridade, você entenderá o que é Self e o que é não-Self. E,
tudo outro além do Self é categorizado por Patanjali como Prakriti. Então, no
final das contas, afinal, o que você percebe em sua experiência de Nirvikalpa
Samadhi é a distinção entre Purusha
e Prakriti. Purusha significa o Self e Prakriti
significa tudo o que for não Self. Então, em Prakriti estão
incluídos o corpo, os cinco sentidos, os cinco invólucros, o Antahkarana,
os cinco Pranas, todos os Vasanas, todos os Samskaras,
todo o processo mundano, todos os fenômenos, todas as percepções, etc. Então, cada mudança da forma psíquica, na
verdade, tudo o que é feito de sentidos, Prana, mente, e mesmo o ego e todas as
suas diferentes modificações, as impressões, as inclinações e tendências estão
incluídas em Prakriti. E uma vez que você conheça a diferenciação, você
não sofre mais com o processo mundano. Então, existe uma distinção entre Purusha
e Prakriti. E enquanto a mente estiver lá, esta distinção não pode
ser completamente atingida. A perda da individualidade, a aniquilação da
individualidade ou a destruição da mente não precisa ser uma preocupação para o
aspirante porque essa individualidade, a falsa individualidade, não tem
existência apropriada em si mesma. Esta falsa individualidade se deve em razão
da consciência se encontrar embaraçada devido à sua proximidade com Prakriti.
Quando esta proximidade é rompida, o que resta é a verdadeira entidade. A perda
de uma coisa falsa não significa perda nenhuma. Quando compreendemos que esta
consciência individual é parte de Prakriti e não faz parte da sua
verdadeira entidade, esta perda ou destruição não tem nenhuma importância,
nenhum significado. Então, não é um mero controle da mente que Raja Yoga
objetiva. Nos estágios iniciais, é o controle da mente, de modo que um
determinado estado possa ser alcançado por meio do exercício do controle da
mente concentrada, no qual a mente cessa de existir. Nirodha, na
Filosofia de Raja Yoga, é dito que constitui o Yoga. Nirodha, é somente
até certo ponto, para se atingir um estado de meditação onde você deixa
totalmente o plano da mente e do ego para entrar no estado de superconsciência.
Lá a mente não mais existe. A mente torna-se extinta lá. Nesse estágio de
superconsciência onde você percebe o Purusha, a mente cessa de existir. A menos
que você atinja o plano onde não mais existe a mente, você não é capaz de
conhecer o Self. O estado em que a mente deixa de existir é absolutamente
indispensável para a experiência do Self. Contudo, para alcançar aquele estado
de absoluto controle e absoluta cessação de todas as atividades da mente
torna-se necessário galgar degraus, necessária disciplina, e com Raja Yoga se
obtem tal quantidade de disciplina. Você transcende a mente, quando esta
disciplina for perfeita. Transcendência da mente e perda da individualidade não
deve ser motivo de preocupação do Sadhaka. Esta individualidade éa coisa mais
perniciosa. Ela é uma grande doença lançada sobre a Consciência. Ela é uma
cicatriz para a pura Consciência. Então, essa perda de individualidade é o
maior ganho.
segunda-feira, 8 de outubro de 2012
terça-feira, 4 de setembro de 2012
A MEDITAÇÃO E SUA IMPORTÂNCIA
Swami Chidananda*
A Meditação é o último processo quando o indivíduo coloca a fundação da vida espiritual, quando o indivíduo venceu a constante influência dos sentidos e tornou-se mestre de seus sentidos, quando através da discriminação e de verdadeira inquirição, o indivíduo percebeu o vazio absoluto de tudo que buscou, e, portanto, superou as tendências naturais da mente em direção às aparências e conseguiu se afastar completamente do desejo de nomes e formas e apego aos objetos e experiências, quando aprendeu as técnicas de retirar a mente das aparências exteriores, e quando o indivíduo passou a cultivar e a criar internamente um estado de equilíbrio e quietude. Na condição de se permanecer firmemente apoiado na virtude, em perfeito controle dos sentidos e autocontrole, na condição de conquistar os desejos e o domínio das próprias paixões, na condição de iluminação, na condição de estabilidade e equilíbrio interior, o indivíduo começa a recolher-se e mover-se para o conceito ou ideia do que sente da Realidade oposta às aparências. Isto – a concentração da totalidade do seu ser e a centralização deste poder concentrado numa direção específica escolhida – é o objeto da sua meditação, e a manutenção de um movimento contínuo e ininterrupto da totalidade concentrada nessa direção específica, de todo o seu ser. Assim concentrado e direcionado, quando o movimento ininterrupto é bem-sucedido, você encontra-se no estado de meditação.
Então isso é um movimento exitoso, contínuo, numa direção auto escolhida pela totalidadede do seu ser, centralizado numa unidade – um todo unificado – isto é chamado meditação. Todas as outras coisas são noções individuais particulares sobre meditação. Todas as outras coisas são apenas o que você pensa ser a meditação. Elas não são meditações. Meditação exige que o ser esteja perfeitamente assentado na virtude. Virtude quer dizer determinadas qualidades espirituais que são os pré-requisitos absolutamente indispensáveis para uma vida interior de meditação, sem a qual a meditação é impossível. Há certas qualidades espirituais, que são como os blocos de construção da estrutura, o que acabarão por atingir o auge da meditação. A Meditação é, por assim dizer, o cume da pirâmide, e esse cume não pode ser construído no ar. Ele é criado numa base ampla e em solo firme. A estrutura cresce e cresce e então você atinge aquele ponto onde existe somente um bloco - que é a meditação. E, portanto, é um processo que deve estar assentado na virtude. Virtude significa qualidades espirituais e por essas qualidades espirituais sobre as quais se insiste são muito simples de entender. Porque são as qualidades que o mantêm fora das forças de sua natureza que são a antítese direta da experiência Divina - fatores que são contradições diretas da experiência espiritual. Enquanto elas estiverem lá, não é possível ascender na experiência espiritual. Você não pode permanecer seco e molhado ao mesmo momento. E, para remover esses elementos só há um caminho. Ou seja, você tem que criar um forte movimento positivo em seu interior de forma que eles não mais existam. Eles não poderão permanecer, porque são apenas negações das forças positivas. Eles não possuem nenhuma identidade separada ou independente por si mesmos. Portanto, para superá-los, alguns fatores positivos devem ser criados em você. Esses fatores positivos são chamados de virtudes na falta de um termo melhor. São qualidades espirituais essenciais para manter fora de sua natureza os fatores que são diretamente contraditórios e a antítese da experiência que você está tentando alcançar.
segunda-feira, 3 de setembro de 2012
quinta-feira, 16 de agosto de 2012
Assinar:
Postagens (Atom)