quarta-feira, 1 de maio de 2013
terça-feira, 5 de março de 2013
terça-feira, 26 de fevereiro de 2013
quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013
BHAKTI EM YOGA
Por Swami
Sivananda
1.
QUEM É ISVARA
Deus
é um espírito especial não efetado por aflições, trabalhos, realizações e
meios.
NOTAS
O
Yoga de Maharshi Patanjali Maharshi é um complemento da filosofia Sankhya de
Kapila. Kapila nega a existência de um Isvara. Ele diz que Prakriti pode fazer
tudo. Maharshi Patanjali admite a existência de um Isvara. É desta filosofia
portanto, que deriva o nome Sankhya Sa-Isvara. O Isvara de Patanjali não é nem
o Deus pessoal dos Bhaktas nem o Brahman
impessoal dos Vedantins. Seu conceito de Deus é um Purusha especial,
completamente livre de todas as aflições, trabalhos, realizações e meios.
2. FONTE DE CONHECIMENTO
Nele
reside a mais elevada fonte da onisciência.
NOTAS
A
natureza de Isvara é descrita nos Sutras 24, 25 e 26. O meio para se
desenvolver devoção por Isvara encontra-se descrito nos Sutras 27 e 28. Os
frutos da devoção são descritos no Sutra 29. Conhecimento infinito de Deus. No
Vayu Purana está escrito: Onisciência, satisfação eterna, eterno conhecimento,
independência, poder que não decai, poder infinito – estes seis são tidos como
sendo os Angas do Grande Senhor. Conhecimeento, desapego, Aisvarya, Tapas,
verdade, clemência, Dhairya ou paciência, poder de tolerância, Atma
Svarupajnana ou conhecimento do Self e ser o Adhishthana ou substrato de todas
as atividades – estas são as qualidades imutáveis (Avyayas) inerentes a Deus.
3.
O GURU DE TODOS
Ele (Deus),
não estando condicionado pelo tempo, é o Mestre mesmo de todos os
anciões.
NOTAS
Os
mestres anciões estiveram condicionados pelo tempo. Mas este Isvara é Adi-Guru,
aquele que não está condicionado pelo tempo. O depósito de conhecimento e poder
está em seu interior. A ajuda de um
Guru é muito necessária para o despertar do conhecimento. Não existe progresso
espiritual possível sem o auxílio de um Guru. Aquele Guru que retira o véu e
obstáculos do aspirante e coloca a luz em seu caminho, aquele que é onisciente,
que existe no passado, presente e futuro, aquele que é independente é Deus ou
Isvara.
terça-feira, 8 de janeiro de 2013
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quarta-feira, 5 de dezembro de 2012
YOGA, SEU SIGNIFICADO E IMPORTÂNCIA
PARA A SAÚDE
Swami Chidananda*
A relização
em Deus é um património e um direito para a humanidade de todas as eras. Os
santos e sábios do passado descobriram que o objetivo último da vida humana
é atingir a Perfeição ou, em outras palavras,
a realização em Deus. E essa descoberta feita por eles através de suas próprias
buscas e lutas, posteriormente foi sistematizada num método científico de
realização. O que eles atingiram através da luta espontânea, experiência e
erro, por assim dizer, e evoluindo de uma verdade menor para uma verdade maior
(isso, em última análise para o nosso benefício), eles sistematizaram um método
científico de autodescoberta e realização – um sistema, um método, uma série de
práticas, que no leva da ignorância para a luz do conhecimento, da morte e da
mortalidade para a imortalidade e vida eterna, da tristeza e do sofrimento para
um estado de felicidade absoluta, satisfação eterna, destemor e liberdade - (Paramananda
Prapti-Sarvaduhkha Nivritti). Este sistema científico por eles desenvolvido
e transmitido para a posteridade é o que conhecemos por Yoga.
Esses grandes seres, esses intrépidos pesquisadores do reino interior
do ser espiritual do homem, essas
grandes almas foram capazes de ultrapassar
a morte, a dor e o sofrimento. Ao atingirem um estado de
realização e iluminação, eles enviaram um chamado
ao homem. Eles disseram: “Ei vocês mortais, labutando e chorando
neste vale de lágrimas, neste
mundo de nomes e formas fugazes, neste mundo de transitoriedade, mutável,
de objetos perecíveis, não chorem, não tenham medo! Nós encontramos uma solução para o problema
das dores e do medo da morte pelo homem. Fomos além
da tristeza e experimentamos o brilho do
sol eterno, alcançamos aquilo que torna o homem livre e liberado, que
torna o homem destemido, que o torna preenchido com felicidade e paz. Nós
mostraremos a vocês o caminho, diremos a vocês o caminho. O que conseguimos, vocês também podem
conseguir.” Então, eles enviaram àhumanidade – não a nenhuma nação ou raça em especial,
não a um grupo ou religião específica. Eles disseram: “Oh homem, Oh mortal,
venha, venha, ouça! Nós proclamamos de forma sucinta e breve o seu
maior bem-estar. Estivemos cara a cara
com o Ser radiante, além da morte, além da ignorância,
atingimos Aquele que se tornou imortal. Brahman,
a Realidade Suprema, o Deus Supremo de
todas as religiões, Ele, que é adorado como
Alá, como Jeová,
como o Pai Todo-Poderoso no Céu, como Ahuramazda, como
Omkara, Ele, o Ser, O Sem Nome, -
estivemos cara a cara com Ele. Você
também pode alcançá-Lo. Venha, venha! " Assim, esses grandes seres, grandes sábios iluminados convocam o homem.
terça-feira, 23 de outubro de 2012
Mente,
Liberdade e Aprisionamento
Swami Chidananda
Embora a psicologia moderna sustente a
existência de uma relação positiva entre a mente e o espírito, ela nada diz
sobre o espírito. Por não se tocar no ser espiritual, não existe nenhum conceito
sobre ele. Eles dizem que o corpo e o ser psíquico estão intimamente ligados;
mas isso de forma alguma afeta o ponto de vista Vedântico. Embora se saiba que
eles estão indissociavelmente ligados, o que isso tem a ver com o Espirito?
Porque Ele é diferente do ser psíquico e do ser astral. O espírito é distinto
de todas as coisas que compõem esta personalidade humana. É diferente de tudo,
exceto de sua Svarupa (natureza essencial), isto é, a natureza
espiritual. Sua Svarupa é
espírito puro, ser puro, sem começo e fim, que não se altera, que é
Consciência pura. Então, no final das contas, você deve conhecê-la como pura
Consciência, Suddha Chaitanya, Chinmaya e Satchidananda.
Ora, pode haver uma diferenciação entre o
Self e o corpo sem se perder a individualidade! Não é tão simples assim. Não é a diferenciação entre o Self e
o corpo como normalmente entendemos. É a diferenciação entre o Self e tudo
aquilo que é não-Self, não apenas o corpo, mas tudo o que é não-Self. Se você
tiver força de austeridade, você entenderá o que é Self e o que é não-Self. E,
tudo outro além do Self é categorizado por Patanjali como Prakriti. Então, no
final das contas, afinal, o que você percebe em sua experiência de Nirvikalpa
Samadhi é a distinção entre Purusha
e Prakriti. Purusha significa o Self e Prakriti
significa tudo o que for não Self. Então, em Prakriti estão
incluídos o corpo, os cinco sentidos, os cinco invólucros, o Antahkarana,
os cinco Pranas, todos os Vasanas, todos os Samskaras,
todo o processo mundano, todos os fenômenos, todas as percepções, etc. Então, cada mudança da forma psíquica, na
verdade, tudo o que é feito de sentidos, Prana, mente, e mesmo o ego e todas as
suas diferentes modificações, as impressões, as inclinações e tendências estão
incluídas em Prakriti. E uma vez que você conheça a diferenciação, você
não sofre mais com o processo mundano. Então, existe uma distinção entre Purusha
e Prakriti. E enquanto a mente estiver lá, esta distinção não pode
ser completamente atingida. A perda da individualidade, a aniquilação da
individualidade ou a destruição da mente não precisa ser uma preocupação para o
aspirante porque essa individualidade, a falsa individualidade, não tem
existência apropriada em si mesma. Esta falsa individualidade se deve em razão
da consciência se encontrar embaraçada devido à sua proximidade com Prakriti.
Quando esta proximidade é rompida, o que resta é a verdadeira entidade. A perda
de uma coisa falsa não significa perda nenhuma. Quando compreendemos que esta
consciência individual é parte de Prakriti e não faz parte da sua
verdadeira entidade, esta perda ou destruição não tem nenhuma importância,
nenhum significado. Então, não é um mero controle da mente que Raja Yoga
objetiva. Nos estágios iniciais, é o controle da mente, de modo que um
determinado estado possa ser alcançado por meio do exercício do controle da
mente concentrada, no qual a mente cessa de existir. Nirodha, na
Filosofia de Raja Yoga, é dito que constitui o Yoga. Nirodha, é somente
até certo ponto, para se atingir um estado de meditação onde você deixa
totalmente o plano da mente e do ego para entrar no estado de superconsciência.
Lá a mente não mais existe. A mente torna-se extinta lá. Nesse estágio de
superconsciência onde você percebe o Purusha, a mente cessa de existir. A menos
que você atinja o plano onde não mais existe a mente, você não é capaz de
conhecer o Self. O estado em que a mente deixa de existir é absolutamente
indispensável para a experiência do Self. Contudo, para alcançar aquele estado
de absoluto controle e absoluta cessação de todas as atividades da mente
torna-se necessário galgar degraus, necessária disciplina, e com Raja Yoga se
obtem tal quantidade de disciplina. Você transcende a mente, quando esta
disciplina for perfeita. Transcendência da mente e perda da individualidade não
deve ser motivo de preocupação do Sadhaka. Esta individualidade éa coisa mais
perniciosa. Ela é uma grande doença lançada sobre a Consciência. Ela é uma
cicatriz para a pura Consciência. Então, essa perda de individualidade é o
maior ganho.
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