segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017
terça-feira, 14 de fevereiro de 2017
sábado, 11 de fevereiro de 2017
segunda-feira, 6 de fevereiro de 2017
21. Resposta ao Eterno Chamado
A única Grande Realidade, o ser Cósmico, a fonte e a origem de incontáveis universos, sempre permanece única, existência não dual, a Realidade transcendental, presente e oculta como o mais sutil do sutil, além dos sentidos, e algo que a mente e o intelecto não são capazes de compreender. Aquela Realidade é o centro de seu ser. Aquela Realidade é a sua identidade essencial eterna. Possa aquela Realidade brilhar em sua consciência como o verdadeiro “Eu sou” além do pequeno “eu” que domina nossas vidas, que nos puxa, nos empurra, que torce e vira e nos impulsiona para cima e para baixo. Este pequeno “eu”, não é você.
Palavras
que foram proclamadas pelos sábios iluminados e liberados e videntes da era
Védica devem sempre permear sua consciência, habitar em seu coração, direcionar
seu intelecto e guiá-lo por toda sua vida – “Levante-se, desperte e atinja a
iluminação.” Todo o processo de seu ser e fazer, pensar e agir, deve ser este
processo de levantar-se, permanecer desperto e alerta e alcançar a iluminação.
Então sozinhos estamos vivendo. Isto é vida – uma constante ascensão em direção
à consciência Divina, consciência da Realidade, experiência do Self,
Conhecimento. Não existe algo mais elevado do que isso, maior do que isso. É a
realização culminante do pináculo de toda a existência. Queira chamar isto Brahma-Jnana,
consciência de Cristo, Satori, o Supremo Tao ou nirvana... isto é a única,
supremo, experiência não dual que o liberta para sempre da escravidão de si
mesmo. Ela o liberta para sempre deste sonho de estar atado a um conglomerado
não existente de nomes e formas – este universo aparente.
A
rainha Madalasa balançava o berço de seu pequeno príncipe e cantava esta
cantiga, “Você é todo pureza, iluminado e imaculado. Desista deste sono de
ilusão que faz você dar valor ao que não tem valor. Isto é um grande engano.
Isto é a escuridão do sono da não consciência.” Este é o chamado a qual você
deve responder. Este é o chamado dos Upanishads. Desista deste sono profundo de
ilusão. Você é completo. Você sempre brilha como o centro da radiante e
dinâmica consciência Divina no interior de sua aparente personalidade física –
mental. Desperte para a sua Divindade, afirme sua Divindade, reivindique sua
Divindade, e torne a vida uma expressão de sua Divindade. Este é o único ensinamento.
Esta é a única mensagem. Desperte; responda ao chamado. Torne sua vida uma
expressão dinâmica do que você é desistindo de pensar sobre si mesmo como sendo
o que não é. Esta é a única necessidade aqui e agora, no meio deste vale de
lágrimas, você está enraizado na força de sua verdadeira natureza.
A
Realidade nunca muda. Você é o que é. Seja o que é e faça de sua vida uma
expressão do que você é, isto é Divindade. Então a vida torna-se vida
verdadeira, vida autêntica. Que a resposta a este chamado possa ser sua grande
tarefa. Possa isto ser seu alegre dever. Floresça como uma flor de lótus no
meio do lodo deste samsara. Torne-se arraigado na Realidade e celebre sua vida
como uma gloriosa vitória e realização!
(Extraído de
sivanandaonline.org - tradução livre)
segunda-feira, 30 de janeiro de 2017
20. O que
é liberação?
São
Francisco de Assis termina sua famosa oração com as palavras: “ E é morrendo
para o pequeno self que nascemos para a vida eterna.” Outro místico disse, “Então
devemos ser livres, quando o “eu” deixar de existir.” Então, a essência da ignorância,
da escravidão e do torpor poderia ser o sentimento de que alguém é um certo
indivíduo com nome e forma, uma data de nascimento, uma altura e peso, com uma
certa personalidade e um ego. E, eles dizem, até que se desista, a liberação é
um grito distante. Swami Sivananda dizia, “Mate este pequeno “eu”. Morra para
viver. Leve uma vida divina. Deus está oculto em seu interior; em seu interior
está o espírito imortal, um oceano de bem-aventurança e uma fonte de
felicidade. Tudo isto não podemos perceber, mas por quê?
Gurudev diz
que não experienciamos o Deus oculto porque estamos muito preocupados com este
pequeno ”eu” e estamos totalmente envolvidos, enredados, dominados e oprimidos
por ele. É como um fogo que está completamente escondido por uma grossa fumaça
negra. Então Gurudev diz que devido a tanta preocupação com o pequeno “eu” você
não é capaz de ver a bem-aventurança e alegria. Então, repito, este pequeno “eu”
ou ego deve ser aniquilado. Como isto pode ser feito? Levando uma vida divina. As
duas palavras que implicam escravidão são “eu” e “meu”. A medida que nossa
natureza está caracterizada e dominada pelo “eu”, especialmente se ele for auto
assertivo, agressivo e violento, então tal vida é morte espiritual. Esta é a
razão porque os antigos diziam, “Da morte, Oh Senhor, conduz-nos à
imortalidade.” Isto não poderia ser uma referência ao corpo, porque o corpo não
se tornará imortal. O que é, então, a mortalidade e a imortalidade a que estão
se referindo? A mortalidade tem a ver com a vida montada no ego, que realmente
constitui a morte espiritual. Esta personalidade humana caracterizada pelo ego
é uma irrealidade transitória. Elevar-se disto para a Realidade é estar consciente
de nós mesmos como parte e parcela do divino espírito na natureza, sem começo,
além de tempo e espaço, sem nome e forma, nascimento e morte. Esta consciência é
verdadeira, ela é a realidade, ela é luz e imortalidade, liberação, salvação, iluminação
ou qualquer outro nome que você queira dar.
É possível alcançar
Deus, atingir a liberação se o intenso desejo para isso ocupa seu coração como o
primeiro e principal de todos os desejos e anseios que você possui
ardentemente. Se a liberação for a prioridade primeira e ela preenche seu
coração, mente e intelecto, e todos os outros desejos vêm após ele, então nada
neste universo poderá impedi-lo de alcançar a liberação nesta mesma vida. Isso
é certo!
Sejamos
práticos. Isto significa que o indivíduo deva parar de desejar ou trabalhar por
qualquer outra coisa? Isto não é absolutamente necessário, e isto também não é
absolutamente possível. A medida que você está nesse corpo, você deve trabalhar
por comida, roupa e abrigo – pois o corpo possui suas exigências. Então, tomar
cuidado com as necessidades mínimas do corpo é algo que ninguém é capaz de negar
totalmente ou ignorar. Se você intimamente desiste de tudo, ainda que o plano
exterior o empurre a atingir o que é essencial à sobrevivência e trabalha para a
sua liberação, então o corpo não se torna um obstáculo. Ao contrário, ele
torna-se um bote a cruzar o oceano da transmigração, e seu instrumento de
liberação. No entanto visto isto por este ângulo. Mesmo a vida secular pode ser
parte da espiritual. Nenhuma parte de sua vida é deixada de fora da vida
espiritual. Cem por cento de sua vida, vinte e quatro horas do dia, torna-se
espiritual se vista da forma correta e vivida da maneira correta. Ela torna-se
parte integral de um compressivo movimento em direção a Deus.
Isto é o caminho que Gurudev ensinou: não tenha
dicotomia, não faça separação. Sinta que toda sua vida é significada por sadhana, por liberação. Sendo assim, com
todo o seu coração, mente e espírito, você ansiar por isto, deixe-me
assegurá-lo que liberação é cem por cento certa. Nenhum poder na terra o
impedirá de receber o que você merece. Pois, pelo seu anseio, você a merece.
(Extraído de sivanandaonline.org - tradução livre)
quinta-feira, 19 de janeiro de 2017
segunda-feira, 19 de dezembro de 2016
19. O
Guru e o Discípulo
Não somos
capazes de facilmente superar os velhos prejuízos psicológicos relativos à externalidade
das coisas. Para dominar esses males, há necessidade do indivíduo purificar sua
mente. Muitos métodos foram sugeridos pelos antigos sábios como serviço humilde
ao guru, conduta humilde, e a obtenção de clareza que liberta dos desejos que
surgem da falsa percepção do mundo.
Mesmo nos
dias de hoje, na maioria das cidades modernas, a necessidade de um guru não
pode ser evitada, porque ninguém é tão sábio capaz de conhecer tudo sobre o
futuro. Todos os problemas são novos quando surgem. Então, necessitados de um superior
para nos guiar.
O professor
não deve ser alguém em desacordo com seu conhecimento. Ele deve ser “ananya”,
ou “não-outro.” Um “ananya” é o indivíduo que não é diferente daquilo que ele
ensina. Nos dias atuais, temos homens instruídos, professores, que acreditamos
ser repositores de conhecimento, mas suas vidas diferem daquilo que eles
pregam. O conhecimento torna-se significativo quando ele é vivenciado, e não
meramente ensinado, ou ouvido ou lido. Você se aproxima de um guru que esteja
estabelecido no conhecimento que ele adquiriu, em quem o conhecimento tornou-se
uma parte de seu ser e vida e prática, e quem também a graça do poder de
expressão. Este conhecimento não pode ser obtido por mero estudo por si
próprio. Ele requer a graça de um Mestre.
O
conhecimento acadêmico é também conhecimento, mas não traz convicção e não é
capaz de transformar seu coração. O que você obtém através do guru é pleno de
força viva e energia e vitalidade e poder que o guru transmite para o discípulo
através da iniciação, através da qual o guru entra na mente do discípulo. A
relação entre o guru e o discípulo não se rompe com o corpo. Mesmo se o guru
morre fisicamente, ou o discípulo passe desse mundo físico, a relação entre
eles não cessa, porque a relação guru-discípulo não é meramente física ou
social. A influência sobre o estudante pelo professor na escola é certamente
importante. A instrução que o estudante recebe do professor verbalmente é uma
coisa, entretanto o benefício da instrução pode ser relativamente limitada. Por
outro lado, quando o guru fala ao discípulo, o espírito do guru exerce um
impacto imediato na mente do discípulo. Isto é porque o guru não é um ser
humano comum, mas alguém que passou pelos vários estágios do treinamento do Yoga
e adquiriu a habilidade para ensinar.
O estudante
se entrega ao professor total e exclusivamente, e o professor toma a
responsabilidade de tomar conta do bem-estar do espírito do estudante, e não
meramente seu intelecto. O guru é de um status transcendente, que está acima do
discípulo, mas não fora do discípulo. O guru não é uma pessoa que fica aparte
do discípulo, e então o discípulo não deveria pensar que a instrução vinda do
guru é uma instrução vinda de uma fonte externa. O guru é um “todo” e não
apenas uma pessoa na frente do discípulo. Para o discípulo, o guru não é um
indivíduo entre outros indivíduos, não é uma pessoa entre muitas outras
pessoas. O preceptor é uma deidade diante do discípulo; ele é o próximo estágio
de elevação da deidade. É uma totalidade que é possível – a única integridade
possível acima do nível do indivíduo. Cada discípulo é único em si mesmo, e o
guru tem que prestar atenção à condição particular da mente do discípulo.
A mente é
confusa. A única saída é pedir por ajuda. Assim como uma pessoa capaz de
enxergar pode auxiliar outra com problema de visão, e é capaz de indicar o
caminho do destino a ser alcançado, da mesma forma é o espírito de olhos
vendados nesta vida selvagem toma a guia de uma pessoa de visão. A iniciação de
um discípulo por um guru não é um mero enunciado de palavras. É a comunicação
de uma energia, uma força. É a vontade do guru, como assim fosse, entrando na
vontade do discípulo, onde ambos, tem que estar no mesmo nível.
Quando sua
busca é sincera, mesmo que você não compreenda as coisas totalmente, você será
cuidado pelas forças do mundo, e um guru ou um professor estará à sua frente.
(extraído de sivanandaonline.org - tradução livre)
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