quarta-feira, 28 de setembro de 2016

17. Meditação



17. Meditação

Embora sejamos aconselhados a separar um espaço de tempo diariamente  para a meditação, é também essencial que levemos esse estado de ânimo da meditação ao longo de nossas atividades diárias. Embora seja difícil fazer uma reaproximação entre a religião e o laico, uma forma elevada de consciência religiosa deve ser capaz de afetar esta harmonia.

O espírito de adoração religiosa e meditação deve saturar e infiltrar-se na vida secular, supondo que vida é para se tornar um todo saudável. Assim como a roupa lavada absorve em toda sua fibra o todo da água, a aparente vida secular deve se tornar um passo vivo para uma dimensão mais organizada de experiência religiosa.

Um fundo de pensamento elevado deve ser mantido, e não pode ser perdido de vista mesmo no meio do árduo trabalho. 

Num segundo, o indivíduo pode ser qualitativamente elevado a uma imensa força de união com Deus. Levará apenas um momento para se atingir este feito. Não é necessariamente verdade que as ocupações do dia de trabalho devam ser um obstáculo nesta prática de manter um elevado nível de pensamento rejuvenescedor. Meditação não é meramente um ato psicológico ou um movimento físico, ou mesmo um ajustamento social, mas uma atitude trans- empírica, de tudo o que o indivíduo é. Ela é uma perfeição da perspectiva que o indivíduo adota por causa dos fatos da vida. A meditação leva a uma gradual ascensão do self a níveis de expansividade.

quarta-feira, 7 de setembro de 2016

Comemoração Aniversário Guru - 7 de setembro de 2016


Comemoração do Aniversário do Guru - 08 de Setembro.

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16. O Universo

O universo é um organismo completo, comparável ao organismo humano, por assim dizer. Um organismo completo é uma Individualidade em sua natureza. Sua Individualidade pode ser comparada à própria individualidade do ser, porque ela é inseparável do indivíduo, e o indivíduo é inseparável dela.

A força do homem depende da energia do Cosmos. Ele recebe sua força do universo. Então, se ele não estiver harmoniosamente associado com a totalidade da atmosfera, que é o universo, mas se desarmoniosamente concentra seu amor, ou afeição, ou ódio em direção a um objeto particular, ele está se dissociando das outras partes do universo.

Existe um impulso impessoal que está presente por trás de cada impulso particular no universo, mantendo tudo em movimento a todo momento, nunca permitindo que ele se aquiete, empurrando tudo para cada vez mais alto, impulsionando-o para o exterior. Se algo existe como uma realidade no indivíduo, esta deve ser uma parte do universo. Não existe individualidade fora do universo. A afirmação de individualidade de uma pessoa, ou mesmo a noção da presença de algo isolado, é oposta à constituição do universo. Ao homem não é permitido afirmar-se da forma que faz diariamente, pois é contrário à lei das coisas. Sua existência como um indivíduo isolado é contra a lei que opera no universo. Então é aquela Natureza que revida, e este revide é a inexorável lei do Karma atuando. A natureza transitória do mundo, e a incessante característica de todas as coisas, deve ser uma indicação de que o objetivo da vida é transcender as coisas do mundo.

quinta-feira, 25 de agosto de 2016


15. A Condição do Homem

As atividades do dia a dia do homem, de manhã à noite, não são nada, mas tentativas para alcançar a liberdade. Por uma razão ou outra ele se torna inquieto, e a luta para afastar as causas do desassossego tomam a forma de atividade. Nenhuma pessoa é o que aparenta ser no exterior, e nada no mundo é o que externamente aparenta ser. Tudo se apresenta diferente do lado de fora para a visão e a percepção. Quando alguém está feliz, possui uma tremenda energia: e mesmo que não tenha comido por quatro dias dirá, “Levantarei tijolos!” O homem pode levantar uma pedra e carregar uma árvore, mesmo se tiver sem comer há vários dias, porque ele está feliz por alguma razão. Quão forte são os pensamentos! Na verdade, o pensamento não é uma substância sólida. É um complexo de energia, um campo eletromagnético, um centro de energia, um ponto que pulsa com tal força que nunca permite ao homem ter qualquer descanso. Chegamos a surpreendente conclusão de que nossa felicidade não está em adquirir coisas de forma alguma. É, finalmente, na conquista de nós mesmos.

Todos os pensamentos da mente se ocupam com coisas fora dela, e todo o envolvimento da vida, ou, melhor, dos negócios da vida, pode-se dizer que a preocupação do homem é com tudo que não seja o seu próprio eu. O homem ocupa-se com as coisas externas, sejam elas humanas ou não humanas. A maior dificuldade é de ordem psicológica. O homem vive ou morre apenas por sua mente. Toda a atividade da vida, de manhã até a noite, é como um empurrar para fora de si toda a energia que está em seu interior, e empurrando-a para outra coisa, é como se todo o mundo fosse feito de tudo, exceto o próprio eu! A individualidade não é a verdadeira existência do homem. A chamada individualidade é uma forma falsa que a existência tomou, e ela deseja corrigir este erro tentando expandir-se espacialmente, juntamente com o desejo de perpetuar-se também temporalmente. Portanto, o homem vive uma incessante vida de desejos, pedindo por mais e mais coisas no mundo. Se o sentimento do "eu existo" pode ser dito enfaticamente para ser verdade em todos os estados de experiência, como é que o "eu" existe nesses estados? Qual é a verdadeira natureza do eu que afirma: "Eu sou", e passa por esses estados?