segunda-feira, 20 de março de 2017

24. A Mais Importante Descoberta de Nossos Videntes dos Upanishads

O Criador que brilha entre todos os seres criados, que está mais próximo deles do que qualquer outra coisa, que é mais seu próprio do que qualquer outra coisa, aquele Ser que não é conhecido por eles. Estando mais próximos de nós, não O sentimos. Presente em todo lugar, não O percebemos. A esta falta de percepção foi dado o termo metafísico “maya”. Devido a maya o sempre presente não é reconhecido, o sempre próximo é tido como estando distante, podendo ser alcançado somente com dificuldade. Assim buscamos por aquele Ser que é jamais encontrado. O que existe é Uno sem um segundo. Uno e somente Uno e não dual é aquela grande Realidade, eternamente existente, sempre presente, infinita. Não existe segundo, existe Um e somente Um. O que quer que exista, pertence à Uno sem um segundo. O termo “maya” é apenas um termo para descrever o extado extraordinário e inexplicável estado do Ser Universal, o qual sendo Uno e não dual está presente em todo lugar, ainda que não reconhecido ou compreendido. Não é nada, mas um algo misterioso que emana do Próprio Brahman. É a Sua radiância que aparentemente oculta aquela radiante, e refulgente Realidade.

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sexta-feira, 17 de março de 2017

23. A Visão Védica da Vida

Saiba você ou não, é um fato inalterável que você vive na presença de Deus em cada momento de sua vida. A visão védica do homem torna-o destemido. Ela faz com que ele reconheça sua natureza eterna e imortal, sua imperecível natureza divina – além de nome e forma, que transcende tempo e espaço, sem nascimento ou morte, supremo, não nascido, eterno, imperecível, imutável. Com base nesta visão, convencido desta verdade, o verdadeiro seguidor do antigo modo de viver védico é destemido. Tal pessoa sorri perante a morte; ele sabe que a morte não significa nada para ele. Isto pode ser aplicado a esta gaiola física de carne e ossos na qual ele está aprisionado por pouco tempo, mas ele está sempre pronto. Mas, contudo, ele está sempre preparado para utilizar a vida em sua plenitude e para o bem suprem de todos. “Somos apenas peregrinos de passagem por aqui. Portanto, façamos o máximo bem à criação de Deus na qual vivemos e pela qual passamos.”

Portanto, existe apenas uma grande intenção, um grande objetivo, um grande pensamento: “deixe-me ser um centro de máximo benefício e benção para todos os seres vivos ao meu redor.” Este é o verdadeiro ideal védico da vida – viver e estar neste mundo, não para si mesmo, não para algo mais, mas para o mais elevado bem de todos e também para suprema benção de si mesmo. O seguidor da visão védica aceita a vida como um grande presente. Ele reconhece seu valor, e ele tenta utilizá-la para o melhor desempenho e para o máximo bem de si e de todos. Portanto, ele combina o mais robusto e prático pragmatismo com o mais alto idealismo transcendental – destemor absoluto, consciente do grande valor desta breve permanência na terra. “Sei que tudo é transitório; Sei que todas as minhas conexões são efêmeras. Contudo, enquanto elas estiverem lá elas possuem significado. Devo pegar a vida com ambas as mãos e dizer “sim” para a vida com toda a alegria em meu coração, e devo colocar toda faculdade que recebi de Deus da melhor forma e melhor uso, tendo apenas um interesse – a felicidade de todos, para o bem de todos, a serviço do Deus no homem.”

segunda-feira, 13 de março de 2017

Até o Último Suspiro

Entrar na vida espiritual é uma rara bem-aventurança; é um grande bem. Levá-la a sério e engajar na sadhana espiritual ativa é uma segunda bem-aventurança e um bem ainda maior. Mas perseverar na vida espiritual, progredindo incessantemente, é o maior bem, é o coroar da bem-aventurança. O indivíduo decide: “Venha o que vier, até que o último suspiro deste corpo, eu não me desviarei do caminho da sadhana. Até o último suspiro deste corpo, devo perseverar. Devo me dedicar à vida divina. Serei um yogi; estarei sempre determinado a alcançar o Objetivo. Nunca devo afrouxar meus esforços, menos ainda, cessar meu esforço. Até o meu último suspiro devo ser um sadhaka. Venha o que vier serei um yogi até o fim. Qualquer coisa pode ser incerta, mas isso é certo. Tudo o mais pode ser indeciso, mas isso está decidido de uma vez por todas. Estou determinado que a vida espiritual será a minha vida, o objetivo espiritual será a minha meta. E Deus será a realidade central na minha vida. Vou viver minha vida para Deus e Sua realização.

Assim, se assumirmos com prazer essa atitude de “fazer ou morrer” diante da vida depois de uma séria deliberação e com firme convicção, isto seria na verdade a coroação da vida de sadhana do indivíduo. Este é o maior bem; é a suprema bem-aventurança. E é para tal tipo de sadhaka que o sucesso chega, o sucesso é certo, a realização espera. Aqui não existe dúvida ou imprecisão. O Ser Cósmico se entrega àquele que se doa totalmente ao Ser Cósmico, aquele que está preparado para viver ou morrer por isso. Isto é certo. Aquele que deixou tudo e só pede isso, que se entrega totalmente a tal. Essa é a verdade.